terça-feira, 16 de junho de 2009

Os Direitos Culturais como Plataforma de Sustentação da Política Nacional de Cultura

gostei tanto que resolvi copiar:

De acordo com a ONU/Unesco, são direitos culturais"

Direito à identidade e à diversidade cultural
Direito à participação na vida cultural
direito à livre criação
direito à livre fruição
direito à livre difusão

direito à livre participação nas decisões da política cultural
Direito Autoral
Direito /dever de cooperação cultural internacional

Sistema Nacional de Cultura

Agora passamos a estudar Sistema Nacional de Cultura (documento fruto de inúmeras e infindáveis discussões ...)
quem está apresentando o material 71 páginas frente e verso é a Silvana Meirelles e o Roberto Peixe.
Acredito que este documento logo logo estará disponível no site!

Discussão sobre a nova lei Rouanet

Nesse momento todos discutem e muito as mudanças da lei Rouanet especialmente em relação ao Fundo e às participações regionais e os recursos nacionais....
não é fácil...
nada fácil...

Jandira Feghali na reunião do CNPC

Acabou de chegar a nossa Secretaria Municipal de Cultura e presidente do Forum dos Secretarios Municipais de Cultura,Jandira Feghali.
A primeira pergunta que ela me fez foi sobre a questão dos animais e amanhã ela estará presente no café da manhã disponível para defender a Regulamentação dos Animais e dos Circos.
Outro grande parceiro é o Secretario de Cultura de Cuiabá, Mario Olimpio Filho, que se propos a enviar documentação para TODOS os prefeitos do Brasil sobre a importância de se apoiar os circos e os circos com animais especialmente!
beijos
estou ficando mais feliz

Diretamente da reunião Conselho Nacional de Politica Cultural

Estou escrevendo enquanto escuto a fala do Ministro Interino da Secretaria Geral da Presidência da República, Antonio Lambertucci.
explicitando parte das medidas de garantir as liberdades democráticas e o exercício da democracia ele cita a realização de 54 Conferências Nacionais e que este ano serão realizadas mais 13!
No ano que vem, em março, teremos a II Conferencia Nacional da Cultura e o Circo tem que estar presente, organizado e muito mais combativo!

O Governo tem mais de 140 Conselhos sendo que desses 54 sao considerados muito combativos e já estruturados.
vou tentar ir passando as informaçoes do CNPC passo a passo.
Tenho certeza que meus 3 leitores ficarão muito interessados.
até daqui há pouco.
AH! não percam: amanhã o Conselho Nacional de Política Cultural participará de um café da manhã com a Comissão de Educação e Cultura!!!!!

sábado, 13 de junho de 2009

Querem proibir animais nos Circos Brasileiros...


enquanto isso o Circo Nacional da Suiça, o Knie, com mais de 200 anos de história faz seu tradicional desfile pelas ruas da Basiléia.....

sábado, 6 de junho de 2009

A Arte do insólito

Este texto foi escrito especialmente para a Revista Continente.
Mas acho que ainda vale republicá-lo:
O circo é a arte do insólito, do inesperado, do surpreendente

A arte do insólito

O circo é a arte do insólito, do inesperado, do surpreendente. Gente que faz coisas inimagináveis, de deixar outras gentes de boca aberta e com o coração na boca.

O circo é a arte de realizar proezas, enfrentar riscos, colocar-se à prova apenas pelo prazer de surpreender e encantar o público.

O circo é a arte do diverso. Tudo cabe debaixo de uma lona, tudo pode entrar na roda mágica do picadeiro.

A história do circo é a longa trajetória dos que se esmeram em dominar a técnica de fazer estranhos movimentos, chegando ao cúmulo de arriscar a própria vida apenas para entreter seus semelhantes e terem a suprema satisfação de vencerem a si mesmo.

Os primeiros circenses eram exímios caçadores, ágeis, fortes, de grande pontaria e de muito bom humor. Gosto de imaginar uma tribo pré-histórica atirando-se à caça do almejado bizão. Os trogloditas organizados fecham o cerco ao animal. Primeiro chegam os mais ágeis corredores que acuam o bicho, depois vem os mais fortes provocando e enfrentando a fera de frente, deixando o animal cansado e pronto para ser atingido pelas toscas lanças dos melhores lanceiros do grupo. Pronto, agora é a hora, todos olham para o barbudo dono da melhor pontaria, aquele que sabe tudo de lanças e como melhor cravá-la na garganta do futuro alimento. Mas eis que incentivado pelos olhares ansiosos de seus companheiros ele, subitamente, começa a girar a lança de uma mão para a outra, primeiro devagar, depois com rapidez e leveza, hipnotizando a todos. A todos menos ao bizão, que aproveita a confusão e foge…

Ou talvez, quem sabe, o esperto malabarista tenha se contido, acertado o bicho bem no meio dos olhos e voltado para a caverna carregado em triunfo. Mais tarde, depois do lauto banquete, sentado em roda, aquecendo-se ao fogo, enquanto a tribo rememora a caçada nosso herói se põe a realizar proezas com a lança. Passa-a de uma mão para a outra, atira-a para o alto e pega-a por trás. Gira-a em movimentos rápidos e surpreendentes dando à lança uma nova função, não mais arma mortal, mas objeto de puro prazer e encantamento.

As primeiras proezas circenses de que temos notícias estão diretamente ligadas à caça aos touros. Para nossos antepassados mais remotos ir á caça era a mais importante atividade do grupo, mistura de festa e ato de profunda fé e religiosidade. Os achados arqueológicos de Catal Huyuk, antiquíssima cidade da região da Anatólia, na Turquia, já demonstram a forte presença da arte de dominar um touro e sobre ele realizar saltos e acrobacias diversas. Algo que já era admirável há mais de 8.000 anos.

As primeiras imagens de acrobatas foram encontradas em Knossos em Creta e tem mais de 4.500 anos. Belas jovens realizam ousados e arriscados movimentos sobre um imenso touro que é contido por um rapaz forte e musculoso. Na China, em Wuqiao, pinturas numa pedra, da mesma época, mostram o lendário batalhão de cavaleiros acrobatas que conseguiram derrotar o inimigo surpreendendo-o com seus saltos e inacreditáveis peripécias no lombo dos cavalos. Lá pelo ano 3.000 A.C as pirâmides do Egito já eram decoradas com figuras de malabaristas, equilibristas e contorcionistas.

Artistas da proeza sempre existiram quer se apresentassem nas ruas, feiras, palácios ou sobre improvisados tablados. Para os antigos toda expressão que aliava domínio técnico, apuro na execução e harmonia nos movimentos era admirada e reconhecida como arte.

A divisão entre arte erudita e arte popular, que sempre existiu mas se fortalece nos últimos séculos da idade média como forma de garantir apoio da igreja às expressões culturais mais bem comportadas, é que vai colocar as artes do corpo em um lugar de discriminação e desimportância.

Reis e Papas tentam regulamentar as expressões artísticas separando as que deveriam ser apoiadas e incentivadas das que não mereciam nenhuma consideração e eram apenas expressão dos baixos instintos, devendo ser ignoradas ou proibidas. Em 1274, Afonso X, rei de Castela se dá ao trabalho de classificar os jograis* em 6 diferentes tipos, separando o jogral que tangia instrumentos, contava novas, recitava e cantava versos, portando-se com dignidade, dos bufões e trejeitadores, mímicos que só serviam para divertir a plebe com grosserias e palhaçadas.

A nobreza esmerava-se em patrocinar seus artistas preferidos e os reis passam a instituir as Reais Companhias de dramas, comédias e música, base dos Teatros, Operas e Corpos de Baile Nacionais. Os artistas dos teatros de feira, funâmbulos que se equilibravam atravessando cordas em grande altura, amestradores de animais, saltadores, malabaristas, mímicos, mágicos, bonequeiros e outros que tais acabam ficando de fora do mundo da Arte com A maiúsculo, não recebendo verbas oficias nem ganhando o apoio da Igreja e do Estado. Mas o público nunca os abandonou e a nobreza e o clero sempre frequentaram suas arquibancadas com prazer e alegria… só não davam dinheiro nem valor….(até hoje, até hoje….. )

O Circo casa de espetáculo, espaço redondo onde se exibem números diversos de proezas e fantasia surge na segunda metade do século XVII. Franceses e britânicos brigam pela criação do circo moderno, cada um puxando para si a primazia de ter reunido num único espaço os diversos números da arte da equitação e os mais diferentes exercícios de pericia e habilidades.

Em 1776 o sargento inglês Philip Astley faz um sucesso retumbante com sua casa de espetáculo, um picadeiro onde montava grandes pantomimas com números de adestramento de cavalos, exibições de acrobacias equestres e mais equilibristas, aramistas, saltadores e malabaristas.

O Circo nasce como espaço onde tudo pode ser exibido desde que seja capaz de surpreender, emocionar ou impactar o público. Teatro, música, dança, cenários retumbantes, figurinos maravilhosos, todos os meios eram válidos para encantar a audiência.

No Brasil o primeiro palhaço veio nas caravelas com Pedro Álvares Cabral. Diogo Dias era seu nome e já havia trabalhado em comédias e arremedilhos antes de se aventurar nas travessias de mares nunca d’antes navegados. Ao ver os índios dançando na outra margem do rio, logo após a primeira missa, Diogo passou-se para o outro lado e começou a dar saltos e piruetas e a rir com os da terra que logo se encantaram e com ele formaram uma grande roda.

Circenses cheios de energia e coragem apresentaram-se nas regiões das Minas Gerais já nos idos de 1720, deixando desesperado o bispo D. Frei Antonio de Guadalupe que se queixava ao Santo Ofício dos ciganos que infestavam Vila Rica e outras regiões com suas comédias e óperas imorais.

O século XIX é o século do circo. Companhias atravessam os continentes e pouco a pouco vão criando dinastias locais de grandes artistas. É assim no Brasil onde as famílias circenses chegam, criam raízes e abrasileram-se… Chiarinis, Seyssel, François, Stankowichs, Stevanowichs, Silvas, Temperanis, Olimechas, Manges e tantos outros são a base do circo brasileiro. Um circo que sempre soube ir onde o povo está.

Hoje no Brasil calcula-se que mais de 1500 circos estejam em atividade entretendo uma platéia de mais de 20.000.000 milhõees de espectadores por ano. Além dos circos itinerantes que mantém viva a tradição da lona temos mais de 50 escolas e projetos sociais que ensinam as artes circenses e são o berço de novas trupes e companhias.

Tradicionais, contemporâneos, clássicos ou modernos não importa muito o estilo de cada um. Cada época se emociona ou se surpreende do seu jeito particular e próprio. Mas o fato é que homens e mulheres do século XXI temos muito em comum com nossos antepassados, tal qual nossos avós das cavernas sabemos admirar gente capaz de realizar com graça e perícia coisas que nós nem sonhávamos imaginar.

Nota:

Jogral, vem do latim jocus, brincadeira, diversão. Mesma origem de lúdico. O termo era usado em toda a idade média e renascimento para os artistas de diferentes habilidades que percorriam os castelos tocando, cantando e realizando pequenas proezas. É a origem de juggler e jongleur, malabarista em inglês e francês respectivamente.


Alice Viveiros de Castro é acrobata mental, ex-vedete de Teatro de Revista, foi contra-mestra no Pastoril de Luiz Mendonça e atualmente dirige o espetáculo Vida de Artista com a trupe do projeto Crescer e Viver do Rio de Janeiro. É autora do livro O Elogio da Bobagem – palhaços no Brasil e no mundo, editado pela Família Bastos Editora com o patrocínio da Petrobras.


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Primeiro do que tudo segundo do que nada...

Essa é minha primeira experiência como blogueira.
quero ter um espaço para fazer meus exercícios de acrobacia mental e quem sabe não acabo escrevendo mais e deixando a preguiça de lado.
Tem tanta coisa enchendo minha cabeça, espero que o blog funcione como uma pensadeira.
sim, eu leio Harry Potter e Alexandre Dumas e já li toda a Agatha Christie...
No momento quero apenas escrever em letras garrafais:
FORA! FALSOS DEFENSORES DOS ANIMAIS
FORA! NEONAZISTAS ECOLOGICOS
FORA! ECO-TALIBÃS
FORA FUNDAMENTALISTAS MENTIROSOS QUE USAM A COMPAIXÃO COMO MOTIVAÇÃO PARA DISSEMINAR O ÓDIO.
E quanto aos que são "filosoficamente" contrários aos animais nos circos peço que fiquem longe de mim por um bom tempo.... de cima do muro vocês estão deixando os idiotas assumirem a responsabilidade de proteger os animais e estão legitimando este bando de imbecis como "ambientalistas"